Para ter energia solar em casa, empresa ou qualquer outro estabelecimento é preciso ter um sistema de energia fotovoltaica composta por módulos e painéis que absorvem a luz solar e a transmitem.
União Europeia afirma que é possível reciclar painéis solares fotovoltaicos
Um consórcio composto por 11 empresas e cinco institutos de pesquisa de nove países da União Europeia tem publicado os resultados de um projeto que mostra que a gestão do final da vida útil e da reciclagem dos módulos fotovoltaicos é muito rentável.
O projeto se chama CABRISS de Horizonte 2020 e foi lançado em julho de 2015. Os pesquisadores do consórcio mostraram que é possível utilizar três técnicas principais para extrair materiais reutilizáveis de alto valor e rendimento dos painéis reciclados:
1 Um processo para tirar a lâmina e conseguir recuperar materiais recicláveis como prata, silício e vidro de alta pureza de película delgada fotovoltaica ao final de sua vida útil e módulo fotovoltaico;
2 Uma técnica para a recuperação de dejetos sólidos da fabricação solar;
3 E um processo kerf para secar resíduos de silício fotovoltaico do material perdido durante o processo de corte.
Para abrir os módulos sem os prejudicar, os pesquisadores usaram uma tecnologia a laser, que aumenta o valor do vidro recuperado. Para os módulos de energia solar baseados em Silício, foi criada uma tecnologia inovadora e baseada em água, que se diferencia das tecnologias convencionais de trituração, não rompe o vidro e o resultado é a recuperação de todos os materiais dos módulos Si.
Os criadores do projeto disseram que a diretiva da União Europeia sobre resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (WEEE) que entrou em vigor em 2014 estipula que para este ano serão recuperados em torno de 85% dos resíduos dos painéis solares fotovoltaicos e 80% deles deverão ser reciclados e reutilizados.
Os resíduos de painéis fotovoltaicos poderiam converter-se no mercado em milhões de euros, o valor estimado é ,por incrível que pareça, na ordem dos 15 mil milhões de dólares.
O WEEE exige também que as empresas produtoras de painéis fotovoltaicos que fornecem módulos para o mercado da União Europeia financiem a coleta e reciclagem de seus painéis fotovoltaicos no final de sua vida útil.
O resultado é uma reciclagem de resíduos fotovoltaicos compatíveis com WEEE, o que aumenta o desempenho e a qualidade dos materiais recuperados de alta qualidade.
Os pesquisadores também estão desenvolvendo técnicas para reutilizar o silício e a prata embutidos nos painéis. Eles purificam o silício por meio de processos pirotécnicos e hidro metalúrgicos para a reutilização na indústria de energia solar.
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) fez um estudo e publicou em 2015, um informe que diz que os volumes de resíduos de painéis fotovoltaicos em 2050 poderiam valer milhões de euros no mercado mundial de produtos básicos, sempre que seja feita uma reciclagem adequada e os materiais sejam reutilizados.
De acordo com as projeções da IRENA e do programa de sistemas de energia fotovoltaica da Agência Internacional de Energia (IEA-PVPS), a capacidade de energia solar global poderia aumentar 4,5 TW até 2050. Se até essa data os painéis fotovoltaicos se integrassem totalmente na economia, a energia solar poderia se tornar um dos negócios mais rentáveis do planeta Terra.
Com o projeto das 11 empresas da União Europeia que visa reciclar módulos de energia solar, com o passar do tempo, pessoas de todas as classes sociais poderão adquirir um sistema fotovoltaico para começar a usar a energia solar que é limpa, renovável e não prejudica o meio ambiente.
Fonte: www.portal-energia.com