“As pessoas não levam em consideração a possibilidade de o sol pagar a conta mesmo com a opção de destinar o valor gasto com energia elétrica para bancar o financiamento do modelo renovável”
Muitas pessoas passam horas em uma fila para comprar gasolina sem imposto em um único dia do ano, mas dizem “não” para um tipo de economia rentável nos 365. Apelidada de “o grátis que quase ninguém aceita”, a energia solar é sempre um investimento do futuro no Brasil. Nunca o atual.
Na Alemanha, por exemplo, que tem previsão de ter 100% da energia consumida em seu território gerada por fontes renováveis até 2050, as empresas têm estacionamentos cobertos de painéis solares. Na Itália, onde estive recentemente, bastava viajar de trem para contemplar sistemas de captação de energia solar no solo, no telhado, no estacionamento ou em qualquer outro lugar considerado “inútil”.
Mesmo com grandes áreas que poderiam gerar energia de maneira gratuita e sustentável, os brasileiros ainda se limitam a dizer que não têm interesse no modelo solar.
O principal motivo é ter de esperar mais de dois anos pelo retorno do investimento. Por isso, preferem seguir pagando um modelo que não lhes dará lucro algum.
As pessoas não levam em consideração a possibilidade de o sol pagar a conta mesmo com a opção de destinar o valor gasto com energia elétrica para bancar o financiamento do modelo renovável. Também há aquelas pessoas que dizem que a energia solar é cara, mas, em três anos, gastam o valor de um sistema em tarifas da distribuidora.
Quando avaliamos as oportunidades da energia solar na indústria e no comércio, o paradigma é bem parecido. Os gestores se limitam a questionar qual o prazo do retorno do investimento sem se dar conta de que as tarifas de energia elétrica que pagam nunca darão retorno.
Não precisamos fazer muitos estudos para concluir que as tarifas do modelo elétrico sobem muito mais do que os rendimentos de aplicações financeiras e que o retorno da escolha pela energia solar rende muito mais do que investimentos tradicionais. E isso olhando apenas para o aspecto financeiro, sem calcular os impactos ambientais que deixaremos de gerar ao meio ambiente. O que precisamos é quebrar paradigmas, assim como já aconteceu na Europa, nos Estados Unidos e na China, para que a energia solar seja uma escolha atual, e não do futuro.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/ Por Marcus Purper
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