SÃO PAULO, 04 MAI (ANSA) – A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a busca pela diversificação da eletricidade, associadas ao desenvolvimento da indústria, têm impulsionado a geração de energia a partir de fontes renováveis no mundo.
O uso da energia solar, um dos principais objetivos da 21ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), realizada em 2015, é uma das tendências no mercado brasileiro e ganhou novo fôlego depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu mobilizar US$ 1 trilhão para o setor até 2030, em benefício de países emergentes.
“A iniciativa é bem interessante, valoriza um pouco mais o mercado da energia solar no Brasil, principalmente porque o país está crescendo cada vez mais”, explicou à ANSA Luis Gustavo Li, gerente da LGL Solar Treinamentos.
Para o empresário, “o potencial para energia solar no Brasil é enorme”. “O que eu tenho visto, inclusive entre nossos alunos, é que as pessoas estão falando muito mais sobre o setor, e isso também acrescenta para o mercado”, disse.
O pedido de entrada do Brasil na Aliança Solar Internacional (ASI), encaminhado pela Presidência ao Congresso Nacional no dia 26 de fevereiro, trouxe uma certa “esperança” para o setor no país, que já tem demonstrado certo crescimento.
Em janeiro deste ano, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) anunciou que o país superou a marca recorde de 1 gigawatt de capacidade instalada em projetos de energia solar.
Segundo a entidade, este número foi alcançado por apenas 30 países no mundo e deve-se aos leilões realizados pelo governo entre os anos de 2014 e 2015.
Para o presidente da Absolar, Rodigo Sauaia, “o Brasil está mais de 15 anos atrasado no uso da energia solar fotovoltaica, mas temos condições de ficar entre os principais países do mundo nesse mercado”.
De acordo com relatório divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a expectativa para este ano é de que a produção de energia solar no Brasil dobre de número, já que, em 2018, a maioria das 67 usinas solares previstas para até 2021 entrará em operação.
O tema será um dos assuntos presentes na EnerSolar + Brasil, feira organizada pela Cipa Fiera Milano, que ocorrerá entre 22 e 24 de maio, no São Paulo Expo, na capital paulista. A exposição apresentará os últimos lançamentos da indústria de fontes energéticas sustentáveis. (ANSA).
Fonte: https://istoe.com.br